quarta-feira, 25 de março de 2015


IMITAR JESUS: PERDER PARA GANHAR!
5/4/15 - Domingo de Ramos - Textos: Sl 118.19-29; Zc 9.9-12; Fp 2.5-11 +
Jo 12.1-43 
- Na semana que acontece a morte e a ressurreição de Jesus é destaque a entrada festejada de Jesus em Jerusalém, a reação das autoridades e a do povo, também a dos não judeus, os gregos. Mas o maior destaque é a mensagem clara de Jesus quanto ao seu firme propósito de ir a Jerusalém para realizar o plano amoroso do seu Pai, através da sua morte e ressurreição, salvar a humanidade, judeus e não judeus. E deixar claro sua expectativa de que os seus seguidores motivados pelo seu sacrifício em favor deles, os levaria a imitá-Lo, no sofrimento até a morte, em favor de seu semelhante.

 Esboço
Tema - Imitar Jesus: perder para ganhar!
Introdução - Contexto histórico e ilustração
1. Com a vida transitória não podemos conquistar a definitiva / Jesus dá a Sua para fazê-lo.  2.Agora que a temos Ele espera que O imitemos.
Conclusão: Imitar Jesus é perder para ganhar.

 Texto - João 12.24 e 25
"Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se um grão de trigo não for jogado na terra e não morrer, ele continuará a ser apenas um grão. Mas, se morrer, dará muito trigo. Quem ama a sua vida não terá a vida verdadeira; mas quem não se apega à sua vida, neste mundo, ganhará para sempre a vida verdadeira."
Irmãos e irmãs!
Ouvimos a história da Semana Santa. Enfoquemos a mensagem de Jesus para seus 
discípulos, os judeus e os não-judeus.
Os trigais são bonitos por natureza. O amarelo ouro deles reúne a riqueza contida em cada grão, em cada espiga. Esta bela imagem, Jesus escolhe para caracterizar sua missão em obediência ao Pai. Os trigais evocam não só beleza, mas também ares de romantismo. "Ah! Como é bela uma vida comparada ao grão de trigo!" Esta, como tantas outras manifestações de uma vida de fé simples não percebem a profundidade e o significado real desta figura que Jesus utiliza para mostrar que a salvação do mundo passa pela morte. Pois a beleza dos trigais desaparece quando surge a morte.
1. Jesus já enfatizava: "Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem a perder por minha causa, acha-la-á", e "Aquele que salva sua vida, perde-la-á; e aquele que perder sua vida por minha causa, encontra-la-á". Portanto, com esta nossa vida transitória não podemos conquistar a definitiva.
- Ser discípulo de Jesus é contar com morte, com renúncia, com esvaziar-se, com doar-se. Vida e morte terrena, salvação e perdição eterna, são postos por Jesus numa relação tal que subverte a lógica humana.
- Certamente os gregos queriam ver Jesus, assim como alguém que quer ver um trigal ao pôr do sol. Ou queriam ver o homem conhecido pelos seus belos discursos ou suas curas e milagres maravilhosos que atrai multidões.

- Se perguntássemos: como você vê Jesus? Quem sabe compreenderíamos a comodidade, a falta de compromisso e o descaso de muita gente que se diz cristã.
- A figura do grão de trigo do texto corre este mesmo perigo. Ou seja, preferimos ficar com os trigais, sem nos interessar pelo nascimento dos trigais. Não nos interessa que os trigais estão aí porque passaram pela morte do grão lançado na terra.

- Assim a salvação, a ressurreição e a vida eterna estão garantidas porque Cristo sofreu e morreu. Não podemos perder de vista o sofrimento pelo qual Cristo passou. Contentar-se apenas com a salvação, alegrar-se com a ressurreição, desprezando o aspecto da morte de Jesus, é vulgarizar toda a luta Dele em favor da humanidade. A cruz é a marca registrada de Jesus. Não dá para segui-lo sem a cruz.
- Por isso, Jesus certamente decepcionou os gregos. Pois, ele reivindica de todos aqueles que querem segui-lo que se disponham a morrer para produzir frutos.
- Esta mensagem também não agrada as pessoas hoje. Nem a nós. Pois, o quadro do grão de trigo, retrata nossa realidade.

- Ao invés de vidas caídas ao chão dispostas a morrer para produzir frutos, nos deparamos com vidas guardadas para si mesmas, concentrando em si: poder, fama, dinheiro, prestígio, preocupadas em garantir suas vidas com bens, com armas, com sistemas corruptos, com um comércio explorador e desonesto.
- Também cristãos precisam, seguindo Cristo, sofrer e morrer. Não podem segurar a vida, não podem impedir a morte. O problema talvez esteja no que alguém disse: "Ele era um cristão com um cristianismo para uso próprio. Ele tinha cristianismo, mas não era seguidor de Jesus".
2. Visto que Jesus conquistou para nós a vida eterna, é oportuno deter-nos sobre a nossa caminhada com Ele, enfocando a firme disposição Dele rumo ao sacrifício em favor e por nós. - O que nos incomoda são as palavras de Jesus. Ele não se deixa levar pela euforia da multidão. Inicia com a expressão: "É chegada a hora", "Vim para esta hora". Jesus é obstinado em cumprir seu objetivo de morte, ressurreição e salvação.
- Mas, não fala apenas de Sua missão. Fala também da missão de seus discípulos. "Onde eu estou, ali estará também meu servo". Onde Jesus está? A caminho da morte na cruz, realizando os planos do Pai. O caminho de Jesus é o nosso caminho. Paulo diz: "Por amor a ti somos entregues à morte o dia todo..." (Rm). Há os que imitam a atitude dos gregos. Apenas querem ver Jesus. Motivados pela popularidade do Jesus das grandes igrejas, das facilidades, dos palácios. Jesus exorta: quem não disponibilizar a própria vida não entrará no Reino de Deus. Por isso não atrai muita gente, porque não é comprometido com os poderosos, com os ricos, não tem acesso fácil aos palácios, rompe com as estruturas criadas pelos homens.
- Como nós nos posicionamos nesse contexto, em nossa congregação e em nossa sociedade? - Não é fácil aceitar que na jornada do cristão haja situações difíceis. Que Jesus veio para salvar o que estava perdido e condenado; que os doentes precisam de médico; que alivia os cansados e oprimidos; que procura a ovelha perdida. Isto não é desestímulo, mas alegria pela integração de irmãos na comunhão com Jesus. Deve ser incentivo para buscar os que sofrem, estender- lhes a mão do serviço do amor. Saber-se aceito por Jesus é saber-se seu discípulo enviado para o testemunho em palavra e ação numa sociedade doente, com problemas éticos: na saúde, na educação, na política, etc. São marcas a serem enfrentadas pelo cristão, que tem a incumbência de aplicar o evangelho neste emaranhado de culpa. Não é possível silenciar, de braços cruzados.
- Fugir dos problemas, ser indiferente, fazer-se de cego para os problemas é a negação da cruz.
Conclusão
- Imitar Jesus é perder para ganhar.
Não tenhamos dúvida: imitar Jesus é perder para ganhar. Por isso alegremo-nos!
Com e como Cristo podemos morrer mas, com e como Cristo também ressuscitaremos!
- Permanecendo nesta fé podemos imitar Jesus todos os dias passageiros de nossa vida terrena, pois iremos desfrutar da vida verdadeira eterna, plena de felicidade e gratidão, junto ao 
nosso Senhor Jesus! Amém.
Egon Starosky
 Bibliografia: Proclamar Libertação /Preciso Falar /Comentários-Exegéticos-Homiléticos-diversos

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