domingo, 4 de setembro de 2016

A ÉTICA PROTESTANTE EN WEBER E LUTERO

A Ética Protestante Em Weber E Lutero 

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Diariamente escutamos notícias sobre a alienação, o estresse causado pelo trabalho, políticas que empresas adotam para diminuir esse estresse, porém, estas questões estão em pauta desde muito tempo, desde quando surgiu o capitalismo e seu “espírito”. Algumas questões como: por que o homem acredita que o trabalho o deixa nobre?
Que razões poderiam nos explicar isto? Como uma idéia pode-se firmar como uma filosofia de vida? @- Podem nos fazer refletir e talvez serem explicadas por Max Weber e seu método compreensivo. Ele tenta mostrar como essas idéias e este espírito capitalista, influenciam as pessoas diante do mundo real. 

            Weber inicia seu pensamento citando uma idéia de Benjamim Franklin sobre os valores da prática americana, suas raízes e os valores do iluminismo através de frases como: Tempo é dinheiro, time is money, por exemplo, o que, em outras palavras, também quer dizer que crédito é dinheiro, que as pessoas devem poupar, não esbanjar e ter prudência.       

            O espírito do capitalismo trouxe consigo um novo conceito de homem empreendedor, que busca no dinheiro e no trabalho, a finalidade da vida. O que motiva essa expansão do capitalismo não é a soma do dinheiro em si, mas um desenvolvimento do “espírito do capitalismo”, uma idéia que onde aparece se desenvolve. Porém, o capitalismo não “entrou” na vida das pessoas facilmente, para os pré-capitalistas era algo misterioso, que algumas vezes gerou desconfiança, ódio e etc, pois eles não entendiam como alguém poderia fazer do capital e do material, a realização.

            A satisfação das necessidades pessoais, o lucro e a compra de materiais necessários são os fins que controlam a forma e a direção desta atividade econômica. O livro descreve um modo de produção tradicionalista¹ (que acabou sendo um dos maiores adversários do capitalismo) em que os camponeses e agricultores, por exemplo, faziam do trabalho  apenas um componente das suas vidas, e o modo de produção industrial que tinha o trabalho como um fim a ser seguido.

            Durante a leitura é fácil perceber a relação que Weber faz entre a religião e o capitalismo; que as riquezas, o capital e os bens materiais são tidos através de uma predestinação, no livro tratada como vocação, que é concedida apenas aos “escolhidos por Deus”. Uma disposição que não está dada na natureza. Para os protestantes, o trabalho é como uma via para “entrar nos céus”, como diria o ditado : “Deus ajuda a quem cedo madruga”, ou seja, só é bem – vindo no reino dos céus aqueles que são trabalhadores, se a pessoa progride ela é melhor vista aos olhos da sociedade e aos olhos de Deus; Ao contrário do pensamento dos católicos, que acreditavam que uma doação de certa quantia de bens para a igreja poderia tirar-lhes o pecado e levá-los ao céu.

            No entanto, o espírito capitalista pode ser dito como uma pirâmide construída a base de religião, economia e educação (frugalidade). A  frugalidade é um dos principais componentes da educação protestante e demonstra as qualificações necessárias para uma produção planificada. Uma empresa com funcionários educados, de alto nível, propicia uma grande produtividade.

            

A vocação em Lutero

            Max Weber não faz nenhuma referência sobre Lutero ter desenvolvido o capitalismo, pois diz que essa vocação como vontade divina não agrega valor algum ao capitalismo.

            Para os Calvinistas, a vocação estava ligada á predestinação, ao contrário do pensamento de Lutero. Para ele a vocação, beruf era um cumprimento do dever no sentido do trabalho mundano. Dessa forma, o trabalho passou a ser não mais condenado, mas entendido como uma virtude. Ele diferenciou o conceito do trabalho ligado à predestinação do ser humano, explicando o trabalho como uma vocação, sendo um caminho para a salvação. 

            Lutero não via uma virtude na acumulação de lucros. A ambição era condenada por ele.

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