segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

"PARA ESCLARECER"

"PARA QUE ESCLARECER?"

Artigo postado a seguir é um exemplo dos

CONSELHOS DO  PAPA SOBRE A MÍDIA!, porque no final prevalece a desinformação!

O Papa Francisco aconselha:
"Fujam da desinformação, o mais perigoso pecado da mídia."
Ao discursar para a rede de rádio e TV católica "Corallo" na Itália, o Papa Francisco enalteceu as virtudes da verdade e da igualdade das pessoas, para antes de finalizar, alertar:
"Mas existem também os pecados da mídia! Permito-me falar um pouco sobre isto. Para mim, os pecados da mídia, os maiores, são aqueles que seguem pelo caminho da mentira e são três: a desinformação, a calúnia e a difamação. Estes dois últimos são graves, mas não tão perigosos como o primeiro. Por que? Explico:
- A calúnia é pecado mortal, mas se pode esclarecer e chegar a conhecer que aquela é uma calúnia.
- A difamação é um pecado mortal, mas se pode chegar a dizer: ‘esta é uma injustiça, porque esta pessoa fez aquela coisa naquele tempo, depois se arrependeu, mudou de vida’.
- Mas a desinformação é dizer a metade das coisas, aquilo que para mim é mais conveniente e não dizer a outra metade. E assim, sobre aquilo que vejo na TV ou sobre aquilo que escuto na rádio não posso fazer um juízo perfeito, pois não tenho os elementos e não nos dão estes elementos.
- Destes três pecados, difamação, calúnia e Desinformação, por favor, fujam."

Rádio do Vaticano


"Para que esclarecer?

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A imprensa ainda explora o desencontro entre o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e a presidente da República, ocorrido no sábado (3/1), quando o ministro foi obrigado a desmentir declaração que havia feito na véspera sobre possíveis mudanças nas regras de reajuste do salário mínimo. A sequência do noticiário, na segunda-feira (5), coloca em contexto mais claro o suposto desentendimento, mas alguns colunistas aproveitam para levantar dúvidas sobre a autonomia dos ministros da área econômica.

Notas e frases esparsas garimpadas nos principais jornais de circulação nacional ajudam a esclarecer o episódio, que é interpretado por analistas como uma demonstração de autoritarismo da presidente e um teste para a autoridade dos novos ministros. Passado o fim de semana, o leitor que acompanhou o assunto ficou sabendo que o ministro Barbosa, assediado por jornalistas ávidos por notícias no deserto em que se transforma Brasília nos feriados, comentou na sexta-feira (2/1) que seria preciso uma nova fórmula para o reajuste do salário mínimo.

A declaração, reproduzida em meio a interpretações variadas da imprensa, tinha potencial para gerar uma crise com dirigentes sindicais, e a presidente recomendou ao ministro que esclarecesse a questão. Barbosa, então, se viu obrigado a declarar formalmente que os reajustes do salário mínimo continuarão sendo baseados na correção pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior e o crescimento do Produto Interno Bruto nos dois anos anteriores.

Esclarecimentos adicionais colhidos em outras notícias sobre a situação do país permitem observar que a preocupação manifestada pelo ministro do Planejamento tem origem em um aspecto específico da economia nacional: há uma necessidade crescente de seguir reforçando o poder de compra do salário e ao mesmo tempo melhorar as condições operacionais das pequenas empresas, responsáveis pela expansão da oferta de empregos.

Assim, pode-se depreender que a resposta apressada do ministro do Planejamento a uma pergunta afoita dos repórteres foi retirada do contexto e amplificada pelos jornais, como uma declaração fora de sintonia. E a necessidade de esclarecer a questão é interpretada como uma ação autoritária da presidente, seguida de uma atitude submissa do ministro.

Entrevistas apressadas

Para o governo, a lição a ser tirada do episódio é que ministro nenhum deve dar entrevistas de improviso, apenas para atender a carência de pautas da imprensa. Para que a relação entre autoridades e jornalistas seja preservada naquilo que interessa à sociedade, questões com potencial para gerar ambiguidade devem ser tratadas formalmente, em encontros organizados nas condições adequadas, para que sejam reduzidos os potenciais de mal-entendidos.

Embora estes dias de festas tenham amenizado as relações entre a mídia tradicional e o governo federal, não se pode ignorar o fato de que há um permanente clima de mal-estar entre a imprensa e o grupo político que foi reconduzido ao poder central. Portanto, tudo que qualquer representante do governo disser, com potencial para produzir comentários negativos, será explorado negativamente.

Além disso, a imagem pública da presidente da República, em seu primeiro mandato, ficou marcada pela pecha de autoritarismo, o que determina como centro dos debates o grau de autonomia que ela estará disposta a conceder ao triunvirato que irá conduzir a política econômica. O ponto crucial dessa questão é a margem de operações dos ministros em um cenário no qual o poder de compra dos salários precisa ser preservado, como um dos principais recursos para o propósito de reduzir desigualdades e manter a economia aquecida.

O noticiário especializado não costuma explicar como convivem nas mesmas tabelas os gráficos que mostram a deterioração das condições macroeconômicas e, ao mesmo tempo, a elevada oferta de empregos e a valorização crescente da renda do trabalho.

Uma reportagem da Folha de S. Paulo (ver aqui), publicada na edição de segunda-feira (5), ajuda a entender a economia subterrânea das pequenas empresas e seu alto crescimento. Entre essa reportagem isolada e as manchetes de todos os dias forma-se a zona cinzenta que é explorada diariamente pelos jornais, sempre em detrimento dos interesses do trabalho, em oposição aos interesses do capital."

A IMPRENSA

Algumas coisas que já se disse sobre ela, e a tv...


"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma".
Joseph Pulitzer (1847-1911)

"“A imprensa brasileira sempre foi canalha. Eu acredito que se a imprensa brasileira fosse um pouco melhor poderia ter uma influência realmente maravilhosa sobre o País. Acho que uma das grandes culpadas das condições do País, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Repito, apesar de toda a evolução, nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu pusilânime”.
Millôr Fernandes  em 2006

"A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular."
Andrew Oitke - catedrático de Antropologia em Harvard

“Na imprensa do Brasil, ninguém vai saber o que aconteceu no Brasil com o meu governo. O futuro leitor tem que ler as revistas inglesas, francesas, os jornais alemães, e, acima de tudo, vocês, a internet”.
Presidente Lula em entrevista a Blogueiros

Mas tem gente que ainda tem dúvida!
Será que fato já estamos tão afetados?

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